Matthew Fitzpatrick, da Universidade de Maryland, e Robert Dunn, da Universidade Estatal da Carolina do Norte, descreveram o clima que cidades norte-americanas podem vir a ter em 2080 se as emissões permanecerem intactas.
O estudo abrange zonas urbanas, onde, em geral, há cerca de 250 milhões de habitantes, incluindo mais de três quartos da população dos EUA e mais da metade da população do Canadá.
"Descobrimos que se as emissões continuarem aumentando ao longo do século XXI, o clima em zonas urbanas da América do Norte se tornará, em média, mais parecido com o clima contemporâneo de locais a 850 km de distância e principalmente ao sul", alertam.
Um clima mais quente e úmido levaria as espécies que hoje habitam o sudeste dos EUA a se deslocarem para o norte, sendo relocadas, também, doenças.
"Caso esses novos residentes sejam portadores de doenças (por exemplo, mosquito tigre asiático e vírus do oeste do Nilo), as áreas urbanas podem vir a sofrer aumento das epidemias."
Nem todos nos EUA apoiam a luta contra a mudança climática. Donald Trump, que retirou os EUA do Acordo de Paris em 2015, contestou um relatório do governo dizendo que a economia nacional sofreria centenas de bilhões de dólares até o final do século devido à crise climática.