Kristian Rouz escreveu artigo à Sputnik Internacional sobre o desenvolver da situação que envolve moedas e a concorrência entre elas.
A união econômica fez esforços para reforçar o papel do euro nas transações internacionais de energia, especialmente na compra e venda de petróleo e gás natural.
O bloco europeu expressa preocupação em relação ao domínio do dólar em sua indústria em meio aos crescentes desafios políticos nas tensões do comércio internacional, bem como quanto à atual política de aumento das taxas de juros pela Reserva Federal dos EUA, que tornam o dólar mais caro em relação a outras moedas, inclusive o euro.
"A UE é o maior importador mundial de energia, com uma fatura anual de importação de energia de 300 bilhões de euros nos últimos cinco anos. Cerca de 85% deste montante é pago em dólares americanos", afirmou a Comissão Europeia em comunicado.
Estes esforços têm colocado Bruxelas em desacordo com Washington, e alguns funcionários dizem que, ao afastar-se do dólar, a UE poderia mitigar potenciais riscos políticos. Além disso, eles também acreditam que a utilização do euro para pagar as importações de energia do bloco poderá reforçar o papel do euro como uma das maiores moedas de reserva mundiais.
A Comissão ainda alega que o bloco deverá explorar "as restrições impostas às alternativas lançadas pelo mercado perante a utilização do dólar americano através de uma maior utilização do euro, apesar dos benefícios de tal mudança".
A UE também está tentando reforçar o setor energético como um sistema plenamente integrado e mais sustentável, pois considera que isso aumentaria a transparência, segurança e concorrência no mercado da indústria energética europeia.
A Comissão espera que reforçar o estatuto da moeda exclusiva promovendo a utilização do euro no comércio de petróleo.
No entanto, alguns peritos mostram-se céticos quanto a estes esforços. "Mais do que promoção, você precisa de reformas, estabilidade e investidores convincentes", disse um banqueiro anônimo citado pela Reuters.
O Banco Central Europeu (ECB, na sigla em inglês) há muito que apela para uma reforma profunda da zona euro, reforçando a união monetária através do aumento da sua flexibilidade.
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