Em entrevista à Sputnik Persa, Mohammad Azarnivar, especialista em blockchain, contou as particularidades da nova criptomoeda iraniana.
De acordo com ele, o pais pode tornar o PayMon em uma indústria poderosa.
"O Irã possui potencial para se realizar nesta indústria e para torná-la em um dos setores mais importantes da nação. A excelente localização geográfica, o grande interesse popular e as condições políticas únicas contribuem para isso. O contorno das sanções econômicas [dos EUA] é um dos casos que não se pode ignorar", afirmou o especialista.
Quando perguntado sobre o apoio por ouro, o analista apontou que neste assunto "deve haver uma transparência total". Ele acrescentou que a empresa Ghoghnoos tem várias propostas para os investidores quanto às reservas de ouro para assegurar a transparência e dissipar dúvidas sobre a moeda digital.
Mohammad Azarnivar comentou também que os donos de criptomoedas poderiam trocá-las por ouro, contudo, os detalhes ainda não estão claros.
O especialista detalhou quem poderia utilizar a moeda iraniana.
"A maior parte da moeda PayMon entrará no mercado e será comercializada em escritórios especiais de câmbio. Uma parte [da moeda] será destinada para os parceiros e para os fundadores da empresa Ghoghnoos."
"Quanto à introdução da moeda a nível mundial, aqui tudo depende da legislação de outros países. Há a probabilidade de que as moedas sejam negociadas em grandes casas de câmbio mundiais", indicou.
Além do mais, o analista comentou como em outros países encaram moedas digitais apoiadas por ouro.
"A ideia de um padrão de ouro para moedas digitais oficialmente nunca chegou a ser aplicada em nenhum país, mesmo tendo sido discutida em 2017. Existem vários exemplos de moedas apoiadas pelo ouro, mas, diferentemente da PayMon, elas operam independentemente de sistema bancário. As tarefas mais importantes são conseguir confiança e assegurar transparência", ressaltou.