Defesa russa revela consequências de vídeo encenado de 'ataque químico' na Síria

© AP Photo / Hassan AmmarSoldados sírios patrulhando a cidade de Douma, local do suposto ataque químico, 16 de abril
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O vídeo encenado com vítimas do suposto ataque químico na cidade síria de Douma levou à ampliação das funções da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e à possibilidade do Ocidente lançar ataques de mísseis contra qualquer país, declarou o representante oficial do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov.

Na quarta-feira (13), Riam Dalati, produtor da rede britânica BBC, afirmou que o vídeo apresentando vítimas do suposto ataque químico na cidade síria de Douma, em abril de 2018, foi encenado.

"Os resultados mais graves de tais falsificações baseadas em vídeos falsos dos Capacetes Brancos foram as consequências negativas para o sistema de relações internacionais. Trata-se, sobretudo, da votação sob pressão em junho de 2018, por meio de manipulações de Washington, Londres e outras capitais ocidentais, relativamente à concessão à OPAQ de funções 'de promotor'", assinalou Konashenkov.

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Ele ressaltou também que, graças a essa decisão, o Ocidente pode lançar ataques de mísseis contra qualquer país sem autorização do Conselho de Segurança.

No contexto das consequências graves e número de políticos e serviços secretos ocidentais envolvidos, resta apenas desejar a Dalati evitar a perseguição e provocações por parte das pessoas cujos interesses ele afetou.

A filmagem mostra adultos e crianças, supostos moradores da região, sendo tratados no Hospital de Douma. Os participantes da filmagem encenada contaram que tinham recebido comida pela participação. Os moradores de Douma interrogados pela Sputnik não conseguiram confirmar a ocorrência do ataque químico, declarando que não tiveram conhecimento de feridos ou agentes nervosos.

Os relatos sobre o ataque e a publicação das filmagens pelos Capacetes Brancos foram seguidos de ataques de mísseis realizados pela França, Reino Unido e Estados Unidos, contra supostas instalações de produção de armas químicas em Damasco, embora o governo sírio tenha negado inúmeras vezes qualquer participação no incidente em Douma.

Para o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, as alegações sobre o suposto uso de produtos químicos tóxicos pelo governo sírio tiveram como objetivo justificar a ação militar externa contra Damasco e ações de terroristas. Além disso, antes do incidente em Douma, as Forças Armadas russas já haviam alertado sobre uma provocação que estaria sendo preparada por militantes extremistas.

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