Segundo o vice-secretário de Defesa dos EUA para Programas de Defesa Nuclear, Química e Biológica, Guy Roberts, a tendência norte-coreana seria essa mesmo no caso de Washington e Pyongyang chegarem a um acordo de desnuclearização para a Coreia do Norte.
"A comunidade de inteligência continua a avaliar que é improvável que eles abandonem seus estoques de armas de destruição em massa, sistemas de entrega e capacidade de produção. Continuamos observando inconsistência de atividade com seu compromisso de desnuclearização", disse Roberts na Cúpula de Dissuasão Nuclear em curso nesta quinta-feira.
"Se, de fato, chegarmos a um ponto em que temos algum tipo de acordo sobre a desnuclearização, seria um grande desafio fazer uma península coreana livre de armas de destruição em massa", acrescentou o vice-secretário de Defesa.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que se encontraria novamente com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Hanói, no Vietnã, de 27 a 28 de fevereiro. O representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, e seu colega norte-coreano Kim Hyok-chol conversaram em Pyongyang nos dias 6 e 8 de fevereiro para preparar o terreno para a segunda cúpula Trump-Kim.
Também nesta quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarou que espera "um progresso real" na desnuclearização da Coreia do Norte em "algumas semanas".
"Certamente vamos falar sobre como […] reduzir a tensão, reduzir os riscos militares, reduzir esse risco para que possamos obter paz e segurança também na península. Nosso objetivo é levar isso o mais longe possível, no que é agora daqui a algumas semanas", afirmou Pompeo.
Trump e Kim se conheceram pela primeira vez em junho passado. Durante a cúpula em Singapura, Kim expressou seu compromisso de desnuclearizar a península coreana, enquanto Trump disse que Washington está pronto para dar garantias de segurança a Pyongyang.