De acordo com Brands, o relatório da inteligência norte-americana "derramou luz" sobre tendências que, segundo ele, "podem mudar seriamente a situação mundial para pior".
"A China e a Rússia estão mais alinhadas que em qualquer outro momento desde meados dos anos 1950", indicou o observador.
Segundo ele, em meio a uma atitude similar perante a influência dos EUA no palco internacional, prevê-se uma aproximação ainda maior entre a Rússia e a China. Moscou e Pequim colaboram em tais esferas como manobras militares, exportação de armamentos, energia e economia, indicou Brands. Tal colaboração, segundo ele, dará capacidade a cada um destes países para se opor aos EUA.
As relações entre a Rússia e China, provavelmente, têm limites a longo prazo, contudo, a médio prazo Washington vai lidar com uma quase aliança entre seus dois adversários principais, ressaltou o observador.
Além disso, um grande papel na questão da liderança internacional é desempenhado pelas tecnologias avançadas e emergentes, o que também foi mencionado pelos serviços de inteligência dos EUA, apontou Hal Brands.
"Está longe de estar garantido que os EUA sairão vencendo nessa rivalidade [com a China e a Rússia]. A liderança intelectual dos EUA em ciência e tecnologia ficou corroída", escreveu o observador.