"O governo do país e o Ministério da Defesa têm prestado a maior atenção nos últimos tempos a esse sistema estratégico. Nós conseguimos na prática completar a sua modernização", anunciou Morozov ao falar na rádio Ekho Moskvy.
Segundo ele, no ano passado a Rússia pôs em ação três novas estações de radar de alerta precoce, em Yeniseysk, Barnaul e Orsk. Foi criado um campo contínuo de cobertura, no qual anteriormente havia brechas, já que uma parte dos meios foi deixada nas antigas repúblicas da URSS. O oficial afirmou que uma parte do sistema foi liquidada a pedido desses países, por isso a Rússia se vê obrigada a reconstituir o sistema de novo.
O general assinalou que o sistema se torna cada vez mais necessário no contexto da saída dos EUA do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).
No dia 2 de fevereiro, os EUA suspenderam suas obrigações decorrentes do Tratado INF, assinado em 1987 com a então União Soviética e que proíbe os mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.
Moscou, por sua vez, anunciou que suspende igualmente a sua permanência do tratado e começa a desenvolver um míssil hipersônico, deixando claro que, além de não querer se envolver na corrida armamentista, também manterá suas propostas de desarmamento e esperará até que os EUA estejam prontos para negociações.