A decisão afetou a startup alemã Rise, que queria levantar US$ 120 milhões para financiar sua máquina de inteligência artificial que opera no mercado de ações.
Em troca, os financiadores teriam recebido tokens digitais como parte da chamada "oferta inicial de moeda" (ICO) — um termo que joga com o rótulo mais tradicional de uma oferta pública inicial (IPO).
A BaFin se recusou a comentar quando contatada pela AFP.
A Rise, em seu site, conclama clientes em potencial a "investir como um bilionário".
Seu aplicativo permite que os usuários negociem ações, opções de compra, índices e criptomoedas — com a empresa alegando que sua tecnologia de inteligência artificial gera retornos muito maiores do que os investimentos clássicos.
Em dezembro de 2018, a empresa alemã de criptomoedas Envion quebrou. Cerca de 30 mil pessoas haviam investido US$ 100 milhões nela.
Quem coloca dinheiro em uma oferta inicial de moedas deve "estar preparado para perder todo o seu investimento", alertou a BaFin em comunicado no final de 2017, quando a febre do Bitcoin — a mais conhecida criptomoeda — estava no auge.
Os preços caíram no setor logo depois, controlando a atmosfera da corrida ao ouro em torno da iniciativa.
Enquanto isso, a morte súbita do jovem presidente da canadense QuadrigaCX no início de fevereiro — levando ao seu túmulo a senha para US$ 180 milhões em moedas digitais dos clientes — ressaltou novamente os riscos.