Os primeiros resultados da elaboração do novo mapa do céu foram publicados pela revista científica Astronomy & Astrophysics por uma equipe de 200 astrônomos.
O radiotelescópio europeu começou a ser construído no início dos anos 90, quando o Instituto Holandês de Radioastronomia (ASTRON) propôs criar um poderoso interferômetro para estudar as galáxias mais distantes e o Universo primordial. A sua construção terminou em junho de 2010, tendo as observações começado em 2012.
O LOFAR tem 300 mil metros quadrados e quase 100 mil antenas localizadas em vários países europeus, que são conectadas com a ajuda de uma rede de alta velocidade e do COBALT, um dos supercomputadores mais potentes da Europa.
O recém-publicado mapa detalhado de ondas de rádio do Universo ao nosso redor é baseado nos primeiros cinco anos de observações do LOFAR.
Segundo os astrônomos, o estudo desta vasta coleção de buracos negros que surgiram em diferentes momentos da vida do Universo ajudará a entender quando esses objetos apareceram e o que os ajudaram a crescer a uma velocidade tão alta.
Devido à alta sensibilidade e resolução do radiotelescópio europeu, foi possível rastrear pela primeira vez as nuvens de gás quente em uma galáxia distante usando ondas de rádio de baixa frequência. Além disso, provou-se que há campos magnéticos poderosos no espaço intergaláctico, cujo efeito se estende por milhões de anos-luz.
Como observado pelos pesquisadores, o mapa atual inclui apenas 2% da área total de céu noturno do Hemisfério Norte. Em um futuro próximo, eles planejam aumentar sua cobertura em dez vezes, e nos anos subsequentes alcançar os 100%.
Os cientistas ainda esperam que essas observações os ajudem a descobrir as galáxias primárias do Universo, que surgiram logo após o Big Bang.