Os cientistas que passaram um século e meio na tentativa de resolver o mistério do motivo da camada exterior do Sol ser mais quente do que a sua superfície, agora estão mais perto da resposta, graças aos assim chamados "girinos", encontrados nas regiões com um campo magnético mais intenso do que a superfície solar.
Swimming like solar tadpoles from the ☀️, newly found plasma jets spark a clue to an age-old mystery about our 🌟's upper atmosphere. At 200 X's hotter than the sun’s surface, charged particle disruptions from this region can even reach Earth. Details: https://t.co/LS5SLgPSxF pic.twitter.com/bt8j7GcmM6
— NASA (@NASA) 20 de fevereiro de 2019
O espectrógrafo de imagens infravermelhas da NASA permitiu detectar uma espécie de jatos alongados de plasma quente parecidos com girinos, que saem das manchas solares — regiões da superfície solar relativamente frias e magneticamente ativas — elevando-se a cerca de 4.800 km até a coroa interior. Segundo uma simulação computacional, esses jatos poderiam levar energia e plasma suficiente para aquecer a camada solar externa.
Até a descoberta de esses "girinos" — formalmente denominados pseudochoques — apenas duas teorias principais sobre as possíveis razões para o aquecimento da coroa foram consideradas.
Segundo a primeira hipótese, o calor da atmosfera externa solar é injetado por inúmeras pequenas explosões que libertam ondas de partículas carregadas e quentes.
Agora, os especialistas esperam obter algumas pistas complementares da sonda espacial Parker Solar Probe, lançada em agosto do ano passado, para estudar como a energia e o calor se deslocam através da coroa solar.
"[Isso] poderia fornecer uma imagem abrangente do aquecimento coronal", afirmou Aleida Higginson, pesquisadora do laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, na cidade de Laurel, EUA.