Putin só está reagindo às agressões dos EUA e da OTAN, diz ex-congressista americano

© Sputnik / Aleksandr AstafyevPresidente russo Vladimir Putin durante cerimônia solene de posse no Kremlin, 7 de maio de 2018, Moscou
Presidente russo Vladimir Putin durante cerimônia solene de posse no Kremlin, 7 de maio de 2018, Moscou - Sputnik Brasil
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O ex-congressista Ron Paul quer que os EUA e a Rússia cheguem a um acordo antes que sua postura militar fique fora de controle, ao mesmo tempo em que elogiou a resposta "razoável" do presidente Vladimir Putin à retirada dos EUA do Tratado INF.

"Não há nenhuma razão no mundo para que dois países, como a Rússia e os Estados Unidos, não consigam se dar bem", disse Paul à RT, apontando para a cooperação das duas nações logo após a queda da União Soviética.

"Por que não tiramos vantagem real da eliminação da Guerra Fria em 1989-1990?", acrescentou.

Paul demonstrou estar descontente com a postura bélica de ambos os países.

"Eu gostaria que os dois apenas se acalmassem", afirmou, culpando a decisão do governo Trump de retirar o Tratado INF para "acelerar o conflito".

Contudo, o ex-congressista dos EUA sugeriu que Putin tem "mais legitimidade" porque ele está apenas respondendo à agressão dos EUA e da OTAN, enquanto Trump pode estar usando a dissolução do tratado como uma desculpa para construir mais armas.

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"Eu só gostaria que pudéssemos trabalhar em pessoas que se dão bem juntas, porque se você ameaçar alguém, ou parece que você é, um país é obrigado a se proteger", comentou. "Pode ser apenas retórica - forte retórica - para mostrar que ambos os lados são duros, mas eventualmente, acidentes podem acontecer, e então há ramificações".

"O objetivo é ter paz negociando e lidando com pessoas, não pela força das armas e matando pessoas, intimidando e aplicando sanções", avaliou.

Paul pediu a Washington que pense duas vezes antes de comprometer mais recursos para a corrida armamentista.

"Acho que estamos muito mais seguros do que as pessoas em Washington e as pessoas que constroem nossas armas afirmam que somos, porque mesmo que não seja pelo fato da agressão e começar uma guerra, eu acho que as pessoas, quando ganham lucros, constroem armas, é provável que eles promovam problemas", concluiu.

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