Os dois veículos seguiram primeiro para o Hospital Délio Tupinambá, o único de Pacaraima, mas depois saíram com destino ao Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, a 215 km da fronteira.
Segundo o jornal Washington Post, na manhã desta sexta-feira um comboio militar se aproximou de um ponto de controle próximo a uma comunidade indígena na vila de Kumarakapai, perto de uma das vias que ligam os dois países.
Quando um grupo de pessoas tentou bloquear a passagem do comboio, os soldados abriram fogo, ferindo ao menos 22 pessoas e deixando 2 mortos. O governo de Nicolás Maduro não confirma que houve o conflito. As informações, até o momento, foram dadas pela imprensa internacional e por políticos de oposição.
A fronteira entre Venezuela e Brasil está fechada desde a noite de quinta-feira (21). No entanto, a Guarda Nacional permitiu a passagem das duas ambulâncias com os feridos para que eles fossem atendidos no Brasil.
De acordo com a agência Reuters, alguns indígenas haviam expressado apoio aos planos da oposição venezuelana de permitir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela. Maduro justifica que a entrada de ajuda humanitária seria uma espécie de disfarce para facilitar uma intervenção dos Estados Unidos, e ordenou aos militares que impeçam a entrada dos suprimentos.