"A CIDH condena novos atos de violência ocorridos na Venezuela", informou a organização internacional por meio da rede social Twitter.
Segundo a comissão, há informações sobre pessoas mortas e feridas em Santa Elena de Uairén e "repressão contra os manifestantes" nas pontes internacionais de Francisco de Paula Santander e Simón Bolívar.
A CIDH exortou as Forças Armadas e de segurança da Venezuela a "absterem-se de usar a força, respeitando e garantindo a vida e a integridade pessoal das pessoas sob sua jurisdição e permitindo a livre movimentação".
A oposição venezuelana anunciou neste sábado que deve comandar os embarques de fronteira de alimentos e medicamentos doados por os EUA e outros países, que foram descritos pelo presidente Nicolás Maduro como "migalhas" e "um show para justificar uma intervenção no país".
A vice-presidente venezuelana Delcy Rodriguez, por sua vez, destacou que na Venezuela "não há crise humanitária" e recordou que, no âmbito do direito internacional aplicável à ajuda humanitária apenas em caso de desastres naturais e conflitos armados.
O governo venezuelano alertou que qualquer veículo que entrar em seu território sem autorização será considerado um alvo militar.
Nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia, grupos que tentam atravessar as pontes que ligam os dois países tentaram avançar em direção à Venezuela e foram repelidos pelas autoridades militares que guardam o local.
No sul da Venezuela, na fronteira com o Brasil, também houve casos de violência, quando grupos da oposição e a etnia indígena Pemón tentaram se mudar da capital do município de Gran Sabana, o estado de Bolívar, em direção a Paracaima.