Scott Sheppard, um astrônomo do Instituto Carnegie para a Ciência em Washington, e seus colegas investigaram em pormenor o céu noturno com alguns dos telescópios que capturam a maior parte dos objetos mais distantes conhecidos até hoje.
Scott Sheppard começou a analisar os dados fora do cronograma depois de sua palestra ter sido adiada na instituição de investigação devido a uma forte nevasca.
Quando Sheppard finalmente tomou a palavra, 24 horas depois, ele anunciou a descoberta, embora não fornecesse mais detalhes, já que estava "quente demais", segundo a Science.
Astronomer Scott Sheppard just announced the most distant solar-system object yet found. Nicknamed "FarFarOut," it's 3.5 times farther from the Sun than Pluto. https://t.co/XmWX21yYiw pic.twitter.com/KGj06QULYu
— Corey S. Powell (@coreyspowell) 22 de fevereiro de 2019
O astrônomo Scott Sheppard acaba de anunciar que o objeto mais distante do Sistema Solar já foi encontrado. Apelidado de "FarFarOut", está 3,5 vezes mais distante do Sol do que Plutão
O dito objeto tem o sugestivo nome informal de FarFarOut, tendo quebrado o recorde do objeto mais distante (até recentemente) no Sistema Solar: um outro objeto, chamado FarOut, está a 120 unidades astronômicas de distância e também foi descoberto por Sheppard em dezembro passado.
Antes disso, o planeta anão Eris era considerado o mais distante do Sistema Solar, a 96 UA (unidades astronómicas) do Sol, ou seja, 96 vezes a distância média entre a Terra e o Sol. Entretanto, Plutão fica apenas a 34 UA de distância.
Por exemplo, dada a distância que o FarOut está de nós e a velocidade extraordinariamente lenta com que está se movendo, pode levar alguns anos para determinar sua órbita e até que ponto ela é afetada pela força gravitacional dos planetas gigantes. Até agora, estima-se preliminarmente que o FarOut levará mais de mil anos para orbitar o Sol.