Os líderes participaram da posse do novo diretor brasileiro de Itaipu, Joaquim Silva e Luna, no edifício de produção da planta em Hernandarias, a 340 km a leste de Assunção.
Em seu discurso, Bolsonaro lembrou às autoridades brasileiras que estavam à frente das negociações para o início das obras da hidrelétrica em meados dos anos 1960 e a sua construção posterior.
"Mas Marito, isso não seria suficiente se não tivéssemos desse lado um homem de visão, um estadista que sabia que o seu país, o Paraguai, só poderia continuar e progresso se tivesse energia", declarou Bolsonaro.
"Então, aqui também, meu tributo ao nosso general Alfredo Stroessner", acrescentou.
Stroessner governou o país com mão de ferro por 35 anos até 1989. Abdo é filho daquele que foi seu secretário particular e cresceu com os netos do ditador, mas desde que ele assumiu a presidência evita fazer referências públicas ao general.
Durante o período Stroessner, houve no Paraguai 59 execuções extrajudiciais, 336 desaparecidos, 18.772 torturados, e 3.470 exilados, de acordo com um relatório da Comissão da Verdade e da Justiça em 2008.
Bolsonaro e Abdo devem se reunir no dia 12 de março em Brasília para iniciar as conversações sobre Itaipu e sobre a construção de uma segunda ponte entre os dois países no rio Paraná.