"Hoje de manhã a Força Aérea [da Índia] realizou um ataque contra acampamento terrorista ao longo da linha de controlo e destruiu-os completamente", revelou o ministro.
O Ministério das Relações Exteriores da Índia informou que a Força Aérea indiana efetuou o ataque porque o Paquistão não tinha adotado nenhumas medidas para eliminar infraestrutura dos terroristas no seu território.
Segundo o primeiro vice-chanceler indiano, Vijay Keshav Gokhale, os serviços secretos da Índia receberam "informações fiáveis" de que a organização terrorista Jaish-e-Mohammed preparava novos ataques suicidas no país, o que tornou "absolutamente necessário" o ataque preventivo contra seu acampamento no Paquistão.
Da operação participaram 12 caças Mirage 2000, que lançaram bombas com um peso total de 1.000 quilogramas sobre os acampamentos, informou a agência ANI citando fontes militares.
O chanceler paquistanês Shah Mahmood Qureshi declarou, por sua vez, que as forças do Paquistão estão prontas para responder a qualquer agressão militar.
O incidente ocorre após a escalada das tensões entre a Índia e o Paquistão desde o atentado suicida de 14 de fevereiro na Caxemira, quando 45 policiais paramilitares indianos foram mortos por um grupo militante paquistanês. Nova Deli culpou Islamabad, que nega ter tido qualquer papel no ataque.
A região de Jammu e Caxemira é disputada entre a Índia e o Paquistão desde o fim do governo britânico em 1947. Após vários conflitos armados, os dois países concordaram em um cessar-fogo em 2003. Desde então, ambos os lados se acusam repetidamente de violar a trégua, com a contínua instabilidade na região, levando ao surgimento de vários grupos extremistas.