A defesa do ex-presidente Lula pediu que o petista seja liberado para participar do enterro do neto Arthur, vítima de meningite. pic.twitter.com/lzDGL5lMrm
— JOTA (@JotaInfo) 1 de março de 2019
Segundo a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, o neto de Lula, Arthur Lula da Silva Araújo, morreu por causa de meningite no hospital Rede D'Or São Luiz em Santo André, na Grande São Paulo. Arthur é filho de Sando Luís Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente.
"Faremos todo o possível para que você possa ver", escreveu Hoffmann no Twitter.
Presidente Lula perdeu seu neto hoje. Que tristeza. Arthur tinha 7 anos e foi vítima de uma meningite. Força presidente, estamos do teu lado, sinta nosso abraço e solidariedade. Faremos de tudo pra q vc possa vê-lo. Força a família, aos pais Sandro e Marlene. Dia muito triste
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 1 de março de 2019
O porta-voz de Lula, José Chrispiniano, informou à Agência Associated Press que não sabe onde ou quando o funeral de Arthur será realizado.
Não se sabe se o pedido de Lula será aceito, embora a maioria dos internos tenha permissão de acordo com as leis brasileiras.
No entanto, em 29 de janeiro, Lula não recebeu permissão para assistir ao funeral de seu irmão Genival Inácio da Silva, em São Bernardo do Campo, também na região metropolitana de São Paulo.
Naquela ocasião, a juíza Carolina Lebbos decidiu perguntar à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba se Lula deveria poder viajar.
A PF disse na época que havia preocupações com a segurança se o ex-presidente deixasse a cidade de Curitiba para assistir às cerimônias em São Paulo, a 400 km de distância. Lebbos concordou.
O chefe da PF é o ex-juiz Sergio Moro, que sentenciou Lula à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Moro é atualmente o ministro da Justiça do Brasil sob o governo do ex-capitão do Exército, Jair Bolsonaro.
Horas antes da decisão de Lebbos, defensores do ex-presidente apelaram para um juiz de escalão superior que também condenou Lula à prisão. O juiz Leandro Paulsen ratificou a sentença e proibiu Lula de sair.
Os advogados de Lula apelaram para a Suprema Corte do Brasil. O juiz responsável, ministro Dias Toffoli, emitiu outra decisão e permitiu que o ex-presidente se reunisse com seus parentes, mas Lula disse preferir não comparecer.
O petista de 73 anos diz que ele é politicamente perseguido. Ele está preso desde o dia 7 de abril.