"Imagine um ataque contra uma infraestrutura importante de centenas de drones com IA equipados com ogivas do tamanho de uma granada de mão e capazes de voar para dentro de uma janela aberta ou de uma cabine de aeronave", ressaltou Mikhail Khodarenok, analista militar e coronel reformado das forças de defesa antiaérea russas.
Ele ainda enfatiza que os minidrones possuem um custo relativamente baixo. Contudo, eles podem causar danos significativos atacando "uma moderna aeronave, estimada em mais de US$ 100 milhões (R$ 377 milhões), em um aeródromo ou destruindo um caríssimo sistema de mísseis antiaéreos de longo alcance".
Para o especialista, no momento não há uma maneira efetiva de combater os micro e minidrones. Entretanto, os lasers parecem ser uma área da pesquisa muito promissora nesse assunto. Mesmo que disparar um laser custe centavos, sua eficiência pode ser enorme.
Khodarenok afirma que esses ataques "não são ficção científica, mas o futuro próximo de um conflito armado", informando que os terroristas já alvejaram a base aérea russa na Síria com pequenos drones por diversas vezes.
A fabricante alemã Rheinmetall anunciou na última quinta-feira (28) que concluiu com sucesso os testes de uma arma laser. Durante os testes, o sistema "demonstrou sua velocidade e precisão" atingindo drones e granadas de morteiros.
Segundo a empresa alemã, sua arma laser, que deve ser utilizada em conjunto com o sistema alemão de defesa antiaérea MANTIS, apresentou "uma função mecânica de mira extremamente precisa, juntamente com uma área ilimitada de atravessamento de 360°".
Khodarenok ressaltou que os lasers não estão livres de desvantagens, assim, "agora é difícil dizer como este tipo de armamento se comportará no clima da Rússia, onde não há tantos dias ensolarados", enfatizando que "os lasers certamente não mudarão apenas as táticas de envolvimento, como também o próprio conteúdo da guerra do futuro, especialmente, em defesa antiaérea e, mais tarde, em defesa antimíssil".
Ressaltando que os sistemas russos de combate a laser Peresvet entraram em serviço operacional em dezembro de 2018. Os sistemas são baseados em novos princípios físicos e são capazes de combater drones de produção industrial e caseira.