Achado 'tesouro científico' que ajudaria a revelar mistérios da civilização maia (FOTOS)

© AP Photo / Karla Ortega/Instituto Nacional de Antropologia e História do MéxicoArtefatos maias na caverna Balamkú
Artefatos maias na caverna Balamkú - Sputnik Brasil
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Uma equipe de cientistas encontrou centenas de objetos arqueológicos em uma caverna subterrânea perto da antiga cidade maia de Chichén Itzá que ajudaria os cientistas a "reescrever a historia de Chichén Itzá".

O arqueólogo Guillermo de Anda, que liderou a equipe, revelou à agência AFP que esse espaço subterrâneo, chamado Balamkú, é um verdadeiro “tesouro científico”.

"Balamkú ajudará a reescrever a historia de Chichén Itzá, em Iucatã. As centenas de artefatos arqueológicos pertencentes a sete oferendas documentadas até agora se encontram em um extraordinário estado de preservação", comentou Anda.

© AP Photo / Karla Orteg/Instituto Nacional de Antropologia e História do MéxicoArqueólogo Guillermo de Anda na caverna Balamkú (imagem referencial)
Arqueólogo Guillermo de Anda na caverna Balamkú (imagem referencial) - Sputnik Brasil
Arqueólogo Guillermo de Anda na caverna Balamkú (imagem referencial)

Segundo ele, a caverna foi mantida selada por séculos e por isso "contém informação inestimável" sobre a formação e queda da cidade antiga.

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Artefatos maias na caverna Balamkú - Sputnik Brasil
Artefatos maias na caverna Balamkú

A caverna, localizada a 2,7 metros a leste do Templo maia de Kukulcán, foi descoberta em 1966 por agricultores da comunidade San Felipe, mas permaneceu intacta por 50 anos porque o arqueólogo que foi informado sobre o achado decidiu tapar a entrada.

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Guillermo de Anda foi um dois primeiros a entrar na caverna depois de se arrastar por horas nos túneis estreitos que levam a ela.

"Não podia falar, comecei a chorar. Analisei restos ósseos no Cenote Sagrado [Chichén Itzá], mas nada se compara ao que senti ao entrar, sozinho, pela primeira vez nessa caverna", comentou o arqueólogo.

A hipótese dos arqueólogos é que o norte da península de Iucatã sofreu uma seca incomum entre os períodos Clássico Antigo (entre 700 e 800 d.C.) e Clássico Terminal (entre 800 e 1000 d.C.), que obrigou população a realizar pedidos de água. Os residentes locais de Chichén Itzá provavelmente consideraram a caverna “estranhas dos deuses”.

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