Analista nomeia países que podem ser sancionados pelos EUA por cooperarem com Venezuela

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EUA podem sancionar Rússia, Cuba e Nicarágua por cooperarem economicamente com Venezuela, afirmou à Sputnik Igor Pshenichnikov, especialista do Instituto Russo de Pesquisas Estratégicas.

Anteriormente, o enviado especial dos EUA à Venezuela, Elliott Abrams, declarou que Washington não exclui sanções a países terceiros por fazer negócios com autoridades venezuelanas. Até agora, os Estados Unidos somente sancionaram diretamente líderes e empresas venezuelanas. Sanções secundárias ainda não foram aplicadas, o que poderia prejudicar ainda mais a economia do país latino-americano.

"Se encaixa no princípio da política norte-americana, não só em relação à Venezuela. Penso que entre os países sujeitos a sanções podem estar, acima de tudo, Rússia, Cuba e Nicarágua. Os americanos estão simplesmente revivendo a Doutrina Monroe, defendendo seu "quintal" de governos indesejados. Os Estados Unidos não precisam da Venezuela como segunda Cuba, que eles aguentam há mais de 60 anos e não podem vencê-la de forma alguma", disse Pshenichnikov.

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A Doutrina Monroe de 1823 é uma declaração dos princípios da política externa dos EUA ("América para os americanos"), proclamada em 2 de dezembro de 1823 na mensagem anual do presidente dos EUA, James Monroe, ao Congresso dos EUA. Na década de 1840, essa doutrina serviu de cobertura para a adesão norte-americana de territórios pertencentes ao México na época.

De acordo com Pshenichnikov, o segundo fator que leva os Estados Unidos a sancionar é o petróleo. "A Venezuela tem uma das reservas de petróleo mais ricas do mundo, os EUA não a controlam desde os tempos de Hugo Chávez, e, claro, americanos não querem mais suportar isso. Deve-se entender que os americanos estão empenhados na Venezuela e não vão deixá-la de lado", disse o especialista.

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Vale destacar que, anteriormente, o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, prometeu maior pressão econômica sobre Cuba, particularmente sobre suas Forças Armadas e Inteligência, devido ao fortalecimento de seu "papel na Venezuela".

A Venezuela está passando por uma crise política que se agravou em 23 de janeiro, depois de o chefe da Assembleia Nacional, o opositor Juan Guaidó, se declarar presidente interino do país latino-americano. Guaidó foi reconhecido pelos EUA, pela maioria dos países-membros do Grupo de Lima e por várias nações ao longo das Américas, bem como por grande parte dos Estados-membros da União Europeia. Rússia, assim como Bolívia, China, Cuba, Irã, Turquia e outros países, reafirmou seu apoio ao governo venezuelano comandado por Maduro.

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