O imposto seria aplicado às receitas francesas de cerca de 30 grandes empresas, a maioria das quais são baseadas nos EUA. Le Maire estimou que o imposto aumentará cerca de US$ 565 milhões (R$2,16 bilhões) por ano.
O imposto, que foi apelidado de "GAFA" pela mídia francesa — uma sigla francesa que reflete ter projetado para atingir gigantes da tecnologia Google, Apple, Facebook e Amazon — tem como alvo as empresas digitais com vendas anuais globais de mais de US$849 milhões de dólares (R$3,26 bi) e vendas na França de pelo menos R$108 milhões.
"Se esses dois critérios não forem cumpridos, os impostos não serão verdadeiros", disse Le Maire.
Segundo Le Maire, o novo imposto cobrirá áreas como publicidade, sites e a revenda de dados privados. O ministro da Economia também sugeriu que "haverá também uma empresa francesa e outras firmas originalmente francesas que mais tarde foram compradas por grandes conglomerados estrangeiros".
"Pagamos sempre todos os impostos devidos e cumprimos as leis fiscais de todos os países em que operamos em todo o mundo. O Google paga a maior parte de seu imposto de renda corporativo nos Estados Unidos e pagamos uma taxa de imposto efetiva global de 23% nos últimos dez anos", disse um porta-voz do Google à CNBC por e-mail.
Um porta-voz do Facebook também divulgou uma declaração à CNBC, notando que a empresa “paga todos os impostos exigidos por lei nos países onde opera” e espera que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) “crie um acordo global claro e sustentável sobre imposto” na Europa. O Facebook também informou à AFP que desde o ano passado todas as receitas de publicidade geradas pelos clientes franceses estavam agora registradas como renda francesa.
O projeto de lei francês é apresentado em um momento em que o governo procura meios para pagar as medidas de alívio financeiro para aliviar os protestos dos "coletes amarelos" que atormentam o país por três meses, informou a France24.