Irã se posiciona contra ações unilaterais na Venezuela

© AP Photo / Vahid SalemiChanceler do Irã Mohammad Javad Zarif
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Teerã se opõe a qualquer ação unilateral contra a Venezuela que desafie a Carta da ONU, disse Mohsen Baharvand, assessor do ministro das Relações Exteriores iraniano e diretor do Departamento do Ministério das Relações Exteriores para as Américas.

"O Irã considera legítimo o governo do [presidente Nicolás] Maduro. Estamos convencidos da necessidade de respeitar a constituição venezuelana e nos opor a quaisquer ações unilaterais que contrariem a Carta da ONU, tais como a interferência estrangeira nos assuntos internos deste país e a ameaça de usar a força nas relações internacionais. Essa é a posição do Irã", disse Baharvand.

O diplomata também observou que a Rússia e o Irã têm uma posição em comum sobre a proteção da Carta da ONU e a soberania legítima de todos os países.

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"Chegamos a um acordo sobre posições comuns e tentaremos, ao nível da ONU e dos países amigos da Rússia e do Irã, cooperar ainda mais para proteger os princípios da Carta da Organização das Nações Unidas e os princípios de coexistência pacífica entre países e colocar essa cooperação em prática", frisou Baharvand.

A Venezuela vive hoje uma crise política que se intensificou em 5 de janeiro, quando o líder opositor Juan Guaidó foi eleito presidente da Assembleia Nacional, que é controlada pela oposição. A Assembleia Nacional não é reconhecida pelos órgãos do governo.

Em 23 de janeiro, dois dias depois de o Supremo Tribunal venezuelano ter anulado sua eleição, Guaidó se autoproclamou "presidente interino" do país. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que assumiu o segundo mandato presidencial em 10 de janeiro após ser reeleito em 2018, afirma que a medida de Guaidó é uma tentativa de golpe orquestrada por Washington.

Os Estados Unidos reconheceram imediatamente Guaidó, sendo seguidos por cerca de outros 50 países seguiram o exemplo. Já Rússia, China, Cuba, Bolívia e outros Estados estão entre os países que manifestaram apoio a Maduro.

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