Os sites pornográficos usam o AgeID, do sistema de verificação de idade on-line para confirmar as idades dos usuários.
"Quando um usuário acessa pela primeira vez um site protegido pelo AgeID, uma página de aterrissagem aparecerá com um aviso para que o usuário verifique sua idade antes que ele possa acessar o site", disse o porta-voz da AgeID, James Clark. "Cada site criará sua própria página de destino não-pornográfica para essa finalidade", acrescentou ele.
Quando os usuários do Reino Unido tentarem acessar sites pornográficos pela primeira vez no mês que vem, eles terão que criar uma conta AgeID usando um cartão de crédito, passaporte ou carteira de motorista. Qualquer tentativa futura de acessar os sites pode ser feita usando um nome de usuário e senha.
"É uma verificação única, com um simples logon único para acesso futuro. Se um usuário usar um site protegido por AgeID, ele não precisará realizar essa verificação novamente em qualquer outro site que exija a mesma coisa", disse Clark.
Segundo Clark, sites pornográficos não armazenarão informações sobre seus usuários.
"Quando um usuário registra uma conta AgeID usando um endereço de e-mail e senha, ambos são protegidos por um hash unidirecional [um método de criptografia quase impossível de reverter, protegendo os dados do usuário]. Isso significa que em nenhum momento o AgeID terá um banco de dados de endereços de e-mail", disse ele.
"O sistema não sabe a identidade ou data de nascimento de seus usuários, tudo o que sabe é se uma conta hash é mais de 18 anos ou não."
Outra maneira de acessar os sites sem usar um endereço de e-mail será comprar um cartão de identificação especial ou voucher de lojas de varejo e, em seguida, entrar no site usando um aplicativo chamado Portes, de acordo com Clark. Detalhes adicionais sobre essa opção não foram fornecidos.
A Lei de Economia Digital, que exige que os visitantes de sites pornográficos verifiquem que têm pelo menos 18 anos de idade antes de receberem acesso, foi assinada pelo ministro britânico Matt Hancock em julho de 2017.
Na época, Hancock disse que a legislação "garantirá melhor apoio aos consumidores, melhor proteção para as crianças na Internet e sustentará uma transformação radical dos serviços do governo".