"Os EUA não tiram da agenda a opção de invasão militar. Foi feita uma declaração direta sobre a criação de uma coalizão de mudança de poder na Venezuela. Ao mesmo tempo, todas as declarações sobre a necessidade de retornar à democracia, ajudar a população local, todas foram deixadas de lado", afirmou Zakharova.
"As autoridades venezuelanas falam abertamente dos planos da oposição radical, apoiada do exterior, de organizar subversões no território nacional envolvendo mercenários, formados, inclusive, por militares venezuelanos desertores", disse.
Além disso, a representante oficial qualificou a situação em torno da turnê do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como um "show encenado".
"Ao se recuperar depois de um fiasco, a 'ofensiva humanitária' falhada, Washington lançou uma nova encenação", comentou, frisando a energia e a insistência com que os EUA começaram a publicitar as ações de Guaidó, que, apesar da proibição de sair do país, viajou por vários países latino-americanos.
"Não vamos tentar adivinhar o que vai ocorrer depois desta história encenada, mas este show, claro, não é infinito", disse Zakharova.
A crise na Venezuela se agravou desde 23 de janeiro, quando o líder da oposição Juan Guaidó se autoproclamou "presidente interino" do país. Nicolás Maduro afirma que, por trás de Guaidó, está uma tentativa de golpe liderada pelos Estados Unidos.