Moscou: EUA insistem em mudança de governo na Venezuela, preparando tropas na fronteira

© AP Photo / Fernando LlanoMulher grita "bem-vinda ajuda humanitária", balançando bandeira venezuelana em frente a grupo de soldados do Exército venezuelano e oficiais da Guarda Nacional bloqueando o acesso principal à ponte internacional Tienditas, que liga Colômbia e Venezuela, 7 de fevereiro de 2019
Mulher grita bem-vinda ajuda humanitária, balançando bandeira venezuelana em frente a grupo de soldados do Exército venezuelano e oficiais da Guarda Nacional bloqueando o acesso principal à ponte internacional Tienditas, que liga Colômbia e Venezuela, 7 de fevereiro de 2019 - Sputnik Brasil
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A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou nesta quinta-feira (7), que os EUA ainda não tiraram da agenda os planos de mudança de governo na Venezuela, preparando simultaneamente grupos de subversão na fronteira.

"Os EUA não tiram da agenda a opção de invasão militar. Foi feita uma declaração direta sobre a criação de uma coalizão de mudança de poder na Venezuela. Ao mesmo tempo, todas as declarações sobre a necessidade de retornar à democracia, ajudar a população local, todas foram deixadas de lado", afirmou Zakharova.

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Simultaneamente, segundo ela, os EUA estão elaborando um plano alternativo, preparando formações armadas ilegais, para posterior envio para o território venezuelano a fim de efetuar ações de subversão e para criação de focos de resistência.

"As autoridades venezuelanas falam abertamente dos planos da oposição radical, apoiada do exterior, de organizar subversões no território nacional envolvendo mercenários, formados, inclusive, por militares venezuelanos desertores", disse.

Além disso, a representante oficial qualificou a situação em torno da turnê do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como um "show encenado". 

"Ao se recuperar depois de um fiasco, a 'ofensiva humanitária' falhada, Washington lançou uma nova encenação", comentou, frisando a energia e a insistência com que os EUA começaram a publicitar as ações de Guaidó, que, apesar da proibição de sair do país, viajou por vários países latino-americanos. 

"Não vamos tentar adivinhar o que vai ocorrer depois desta história encenada, mas este show, claro, não é infinito", disse Zakharova.

A crise na Venezuela se agravou desde 23 de janeiro, quando o líder da oposição Juan Guaidó se autoproclamou "presidente interino" do país. Nicolás Maduro afirma que, por trás de Guaidó, está uma tentativa de golpe liderada pelos Estados Unidos.

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