"Hoje nós reconectamos 70% do país, quando fomos alvo ao meio-dia de outro ataque cibernético a uma das fontes de geração que estava funcionando perfeitamente e que atrapalhou a reconexão e derrubou tudo que conseguimos até o meio-dia", explicou Maduro.
O presidente venezuelano estava referindo-se às tarefas das autoridades para restaurar o serviço, que foi cortado na tarde de quinta-feira em quase todo o país caribenho.
Mais cedo, o presidente sindical do órgão regulador do setor, Oswaldo Méndez, declarou que a recuperação do serviço de eletricidade na Venezuela levaria pelo menos 72 horas.
"Temos informações de que uma hora atrás já estava energizando de Caracas para cá, esperamos que o sistema não seja desligado novamente e possamos recuperar hoje, para que toda a Venezuela possa ter energia pelo menos 72 horas", afirmou o líder da Corporação Elétrica Nacional a um grupo de jornalistas em uma concentração oficial no estado de Lara.
As autoridades restauraram o serviço elétrico gradativamente entre quinta e sexta em algumas áreas do país, inclusive na capital, mas no sábado ao meio-dia a energia voltou a percorrer grandes áreas.
O governador de Aragua, Rodolfo Marco Torres, disse que foi possível recuperar todo o serviço de energia elétrica do estado.
"Avançamos na recuperação do fornecimento de energia em todo o estado, permanecemos implantados pelas ruas de Aragua, nosso povo consciente, em paz e tranquilidade tem resistido a um ataque criminoso. Sempre venceremos!", declarou Torres em sua página no Twitter.
Segundo relatos na mídia e redes sociais, um incêndio ocorreu no sábado em uma subestação de energia em Sidor (Guayana), nos arredores de Ciudad Bolívar.
As redes de eletricidade venezuelanas entraram em colapso no dia 7 de março, após um colapso em El Gurí, uma usina hidrelétrica que fornece 80% do consumo de fluidos da Venezuela como resultado de um ataque de computador ao sistema de controle automatizado da usina.
O apagão que começou na quinta-feira e afetou 18 dos 23 estados do país.
A telefonia fixa e móvel também não funcionava em vários estados, segundo apurou a Sputnik.
Maduro acusou o imperialismo norte-americano de anunciar e dirigir a guerra elétrica contra a Venezuela.
Segundo o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, Washington sabia de antemão o que deveria acontecer com o sistema elétrico venezuelano e isso é confirmado pela velocidade com que o secretário de Estado Mike Pompeo e o senador Marco Rubio reagiram nas redes.