O julgamento da indonésia Siti Aisyah, de 26 anos, foi suspenso em dezembro do ano passado, quando seus advogados discutiram com os promotores sobre o acesso a declarações feitas por sete testemunhas.
Os promotores disseram ao tribunal que foram instruídos a retirar a acusação contra Siti Aisyah. Nenhuma razão foi dada para a decisão.
"Siti Aisyah está libertada", informou o juiz Azmin Ariffin ao Supremo Tribunal de Shah Alam, ao aprovar um pedido da Promotoria para que não seja acusada de ter assassinado Kim Jong-nam.
O magistrado concedeu uma quitação não equivalente a uma absolvição.
"Ela pode sair agora", concluiu. Em seguida, a mulher deixou a Corte e não falou com os jornalistas.
Afastado do seu país natal há anos, Kim Jong-nam foi morto no aeroporto internacional de Kuala Lumpur em 13 de fevereiro do ano passado, quando duas mulheres jogaram em seu rosto com o agente químico VX, altamente venenoso e mortal. A indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Doan Thi Huong foram acusadas pelas autoridades malaias de terem perpetrado o ataque enquanto ele esperava para embarcar em um voo para Macau.
Kim morreu em agonia em horas e as mulheres foram presas alguns dias depois.
As duas, que enfrentavam a pena de morte por enforcamento se condenadas, declararam-se inocentes e disseram que foram enganadas para acreditar que eram parte de um programa de TV de moda, com seus advogados culpando agentes norte-coreanos.
A Coreia do Sul também acusou a Coreia do Norte de ordenar o assassinato, uma denúncia que Pyongyang nega até hoje.
No ano passado, um grupo de norte-coreanos foi preso por uma suposta tentativa de matar Kim Han-sol, filho de Kim Jong-nam e sobrinho de Kim Jong-un. Segundo analistas, ele poderia representar um potencial sucessor e isso não cai bem entre os altos escalões em Pyongyang.