Um vídeo obtido pelo The New York Times permite reconstruir o incidente e mostra que foi um coquetel molotov lançado por um manifestante contra as forças do governo que se tornou a causa mais provável do início do incêndio.
Em certo momento, um artefato incendiário caseiro, feito com uma garrafa, foi lançado contra a polícia venezuelana, que estava bloqueando uma ponte que ligava a Colômbia e a Venezuela para evitar a passagem dos caminhões. Entretanto, o vídeo mostra que o pano usado para acender o coquetel molotov se separa da garrafa, voando em direção ao caminhão.
Para esclarecer a situação, a edição entrou em contato com as autoridades americanas. Elas declararam que "relatos de testemunhas oculares indicam que o incêndio começou quando as forças de Maduro bloquearam violentamente a entrada de assistência humanitária" e não especificaram que tenham sido as forças de Maduro a acender o fogo.
As autoridades americanas também notaram que, quaisquer que fossem as circunstâncias, elas responsabilizam Maduro pelo incidente porque ele bloqueou a entrada dos caminhões naquele dia.
"Maduro é responsável por criar as condições para a violência", declarou Garrett Marquis, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional. "Seus bandidos bloquearam a entrada de toneladas de alimentos e medicamentos, enquanto milhares de voluntários corajosos procuraram salvaguardar e entregar a ajuda às famílias venezuelanas".
Na chegada, vários caminhões com ajuda foram queimados na fronteira com a Colômbia, enquanto quatro pessoas foram mortas na fronteira com o Brasil, segundo a organização não-governamental venezuelana Fórum Criminal.
O vice-presidente venezuelano Delcy Rodriguez, por sua vez, lembrou que, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, a ajuda humanitária é fornecida no caso de desastres naturais, conflitos armados e guerra. Segundo Rodriguez, as alegações sobre a atual crise humanitária no país destinam-se a justificar uma invasão da Venezuela, mas o povo não permitirá isso.