"Hoje tocamos em pontos que trazem desafios para a nossa relação, como Itaipu. Seja qual for o processo da negociação, estou seguro que, assim como foi no início, vai seguir sendo benéfica para ambos os povos, fortalecendo nossa conectividade", disse.
Hoje, cada país tem direito a metade da energia produzida pela usina, mas o Paraguai usa apenas cerca de 15% do total. Pelo tratado, o Brasil tem preferência de compra da energia excedente dos paraguaios. Esse é um dos termos que o Paraguai quer rever na negociação, para que o país tenha mais autonomia sobre sua energia excedente, abrindo a possibilidade, por exemplo, de venda para outros países ou ainda de colocar no livre mercado do Brasil.
Bolsonaro e Abdo também conversaram sobre a construção de mais duas pontes entre Brasil e Paraguai, que devem custar cerca de US$ 70 milhões, cada uma.
Um das pontes será construída sobre o Rio Paraná e ligará a cidade paranaense de Foz do Iguaçu à cidade paraguaia de Puerto Presidente Franco. Essa ficará a cargo do Brasil e deverá servir para desafogar o intenso fluxo na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu à Ciudad del Este. A obra será custeada pela margem brasileira de Itaipu Binacional.
A outra ponte, sobre o Rio Paraguai, que ficará a cargo do país vizinho, será custeada pela margem paraguaia de Itaipu. Essa ponte ligará a cidade de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai. O objetivo é facilitar o acesso ao Oceano Pacífico.