"Após a queda de dois aviões Boeing 737-8 e devido às semelhanças entre esses dois casos, decidimos suspender o uso comercial do Boeing 737-8 por empresas brasileiras como medida preventiva", disse a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em um comunicado na quarta-feira.
Decisão semelhante foi divulgada pela Direção Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) do México, que introduziu a proibição dos modelos 8 e 9 do Boeing 737 MAX.
"O Estado mexicano decidiu suspender todas as operações dos aviões Boeing MAX 8 e MAX 9 em voos domésticos e internacionais até o próximo aviso", disse a DGAC em um comunicado, citado pela agência de notícias Financiero.
O acidente fatal ocorreu no domingo. O avião caiu logo após decolar de Addis Abeba. Todas as 157 pessoas a bordo do avião da Ethiopian Airlines morreram no acidente, o segundo do tipo envolvendo o mesmo modelo do avião nos últimos cinco meses. No final de outubro, um Boeing 737 MAX 8 da companhia aérea Indonesian Lion Air mergulhou no mar de Java pouco depois da decolagem, matando 189 pessoas.
No Brasil, apenas a Gol opera Boeings 737 MAX em rotas para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe, preferencialmente. A empresa se antecipou à proibição da ANAC e anunciou ainda na segunda-feira que estava suspendendo os voos com o modelo por tempo indeterminado.
Segundo a Boeing, 350 aeronaves do modelo são operadas por cerca de 50 empresas no mundo.