"Estamos acompanhando com atenção a situação na zona de desescalada de Idlib. Os terroristas do Hayat Tahrir al-Sham, ligado à Frente al-Nusra, que operam ali, não param seus ataques provocativos contra as forças governamentais. Desde o início do ano, já foram registrados 460 incidentes desse tipo. Mais de 30 pessoas foram mortas e 100 feridas", explicou Zakharova nesta sexta-feira (15).
Ela sublinhou que Moscou está seriamente preocupada com os relatos, segundo os quais "os combatentes do Hayat Tahrir al-Sham, com a assistência dos famigerados Capacetes Brancos, estão preparando uma nova encenação com o uso de substâncias tóxicas, para depois responsabilizar as forças governamentais sírias pela utilização de armas químicas".
Os EUA e seus aliados europeus acusam o governo sírio de usar armas químicas contra rebeldes armados. Damasco tem negado todas as acusações e acusa os terroristas de encenar ataques falsos para provocar uma intervenção militar do Ocidente na Síria.
Em 17 de setembro de 2018, os líderes da Rússia e Turquia, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, assinaram na cidade russa de Sochi um memorando para resolver a situação em Idlib. O acordo estabelece uma zona desmilitarizada de 15-20 quilômetros na linha entre a oposição armada e as tropas sírias, livre de terroristas, sem armas pesadas nas mãos de adversários, controlada por tropas turcas e policiais militares russos.