Após o ataque terrorista de um supremacista branco contra fiéis muçulmanos na Nova Zelândia, nesta sexta-feira, a imprensa dos EUA apontou o também para o aumento do terrorismo doméstico praticado por grupos racistas e nacionalistas na América do Norte, informou CBS News.
Após o incidente na Nova Zelânda, mesquitas em todos os EUA tiveram sua segurança reforçada. Embora oficiais e investigadores tenham notado que não houve uma ameaça direta, as forças de segurança do país afirmaram que o extremismo de direita e o terrorismo motivado por motivos raciais parece estar aumentando nos Estados Unidos.
"Estamos vendo um aumento na propaganda", observou o vice-chefe de contraterrorismo do estado de Nova York, John Miller.
"[Grupos de ódio de direita] estão tomando emprestadas técnicas de propaganda de outros grupos terroristas", acrescentou ele, citado pela Cbsnews.com.
Ataques de nacionalistas de extrema-direita contra imigrantes na Europa aumentaram em 43% entre 2016 e 2017, enquanto nos EUA os extremistas de direita foram ligados a um mínimo de 50 assassinatos em 2018, um aumento de 35% em relação ao ano anterior, segundo a CBS News.
Em fevereiro deste ano, um tenente da Guarda Costeira da ativa foi preso depois de ser apurado que ele estava guardando grande quantidade de armas para iniciar o que a supremacia branca chama de uma "guerra racial".
"Todos esses caras estão observando", alertou Fran Townsend, ex-assessora de Segurança Interna da Casa Branca.
"Eles observam a reação, eles observam as táticas daqueles que vieram antes deles. E devemos reconhecer que há um aumento no […] nacionalismo em todo o mundo", acrescentou ela, citada por Cbsnews.com.
O FBI atualmente estima estar acompanhando cerca de 900 casos de terrorismo doméstico ativo, e muitos estão relacionados aos supremacistas brancos, segundo relatos.