Carlos Vecchio, nomeado pelo autodeclarado presidente Guaidó, entrou em dois edifícios militares venezuelanos em Washington — enquanto o ministro de assessoria Gustavo Marcano assumiu o controle do consulado em Nova York.
"Estamos recuperando e protegendo os bens do povo venezuelano para impedir que o regime usurpador continue a roubá-los e destruí-los como nos últimos 20 anos", afirmou Vecchio.
O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, que é leal ao presidente Nicolás Maduro, denunciou a "ocupação forçada e ilegal".
Em uma declaração no Twitter, o governo venezuelano classificou a ação como "uma violação extremamente séria das obrigações internacionais do governo dos EUA", e ameaçou tomar medidas recíprocas na Venezuela.
O embaixador destacou que nos próximos dias sua missão tomaria posse da embaixada venezuelana, embora suas contas estejam congeladas.
Uma fonte próxima a Vecchio disse que a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, teria que aprovar seu uso.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA confirmou que o governo do presidente Donald Trump — que reconhece a autoridade de Guaidó junto com outros 50 países — apoiou a decisão.
"Este é um desenvolvimento bem-vindo para nossas relações bilaterais com a Venezuela […] A política dos EUA é apoiar a democracia na Venezuela, o presidente interino Guaidó e a Assembleia Nacional, que é a única instituição democraticamente eleita no país", disse o porta-voz à Agência AFP.
Vecchio acrescentou que o adido militar da Venezuela em Washington, o coronel José Luis Silva, permaneceria em sua posição.
Silva representou Maduro até 26 de janeiro, quando aproveitou a oferta de anistia de Guaidó para militares que rejeitam o governo socialista de Maduro.