"O Brasil ama os EUA e eu também", declarou Guedes em Washington, durante um evento organizado pela Câmara de Comércio dos EUA, com a participação de vários investidores.
O ministro da Economia brasileiro prometeu abrir "unilateralmente" a economia no exterior, não para esperar esmolas, mas para gerar esperança, disse ele.
Guedes disse que o governo de Jair Bolsonaro tem um programa econômico "agressivo" na direção certa.
O presidente brasileiro se reunirá nesta terça-feira com seu colega Donald Trump na Casa Branca, em sua primeira visita aos EUA desde que assumiu o cargo em janeiro.
O ministro da Economia resumiu diante de seus investidores seu plano econômico em três pilares: reforma tributária para redução de impostos, abertura para o exterior e privatizações.
Nesse sentido, ele convidou os americanos a investirem pesadamente no país, especialmente na área de infraestrutura, onde o Brasil ainda tem déficits significativos, e falou especificamente sobre petróleo.
"Em três ou quatro meses estaremos vendendo petróleo, o pré-sal [depósitos no fundo do mar], estamos de portas abertas para esses negócios", afirmou ele, sem dar mais detalhes.
Guedes também garantiu que "a China está disposta a entrar" e "já entrou", já que o país asiático é o principal parceiro comercial do Brasil. Ele também destacou o potencial de seu território em mineração e hectares de terra.
Ao pedir que os EUA sejam menos protecionistas com as exportações brasileiras, Guedes ressaltou que o Brasil "não é a China" e acrescentou que "aqueles que têm superávit na balança comercial [com os EUA] são eles, não nós".
Ele também lamentou que os EUA ainda sejam um obstáculo para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
"Nós não entendemos isso, nós merecemos um tratamento melhor do que no passado", comentou, esperando que esta questão seja resolvida graças à harmonia pessoal entre Bolsonaro e Trump.
Guedes iniciou seu discurso defendendo a imagem de Bolsonaro, dizendo que a democracia brasileira, ao contrário do que dizem seus detratores, nunca foi ameaçada, e depois criticou a mídia de massa e o "establishment".