Recentemente, o almirante e comandante da Frota do Norte, Nikolai Yevmenov, anunciou a entrega de novos navios à Marinha do país até o final do ano corrente.
"Esperamos que, até o final de 2019, cheguem novos submarinos e novos navios", declarou Yevmenov.
Trata-se dos novos submarinos Knyaz Vladimir e Kazan. Armado com mísseis balísticos, o Knyaz Vladimir é o principal submarino da classe 955 Borei-A, também conhecido como Borei II de quinta geração. O Kazan, da classe Yasen, é capaz de descer a uma profundidade de 520 metros e permanecer imerso por 100 dias.
Segundo escreve Mark Episkopos em seu artigo para The National Interest, a Frota do Norte russa é principalmente composta por submarinos nucleares das classes Delta IV e Sierra da década de 1980. Nessa conexão, ele destaca que estes modelos são "cada vez mais difíceis e mais caros de manter à medida que vão sendo atualizados", apontando que a geração 955A oferecerá melhorias substanciais à Frota do Norte.
Os mísseis destinados aos navios da classe Borei têm um alcance entre 8.000 e 10.000 quilômetros e possuem ogivas de 550 quilotoneladas e sistemas de navegação GLONASS. Em janeiro, o próprio Episkopos afirmou que os Bulava podem ser considerados uma "espécie de mísseis Topol-M para submarinos" e a maior conquista da indústria de mísseis da Rússia.
Ao mesmo tempo, o especialista ressalta que a modernização dos submarinos da Frota do Norte não será "nem barata nem rápida", porque é improvável que o Kremlin "destine os enormes recursos necessários para modernizar sua Frota do Norte e substituir todos os submarinos da era soviética por seus equivalentes modernos", conclui.
A Rússia reiterou em numerosas ocasiões que suas ações não são dirigidas contra nenhum país e que seu principal objetivo é a defesa de seu território e de seu povo.