Na sexta-feira (15), o Comitê Municipal de Sansha do Partido Comunista anunciou um plano para construir uma "cidade na ilha" de Woody Island, que faz parte das Ilhas Paracel. A iniciativa tornaria a ilha, junto com a Tree Island e a Drummond Island, em uma "base estratégica nacional de logística e serviços".
Segundo a edição South China Morning Post, a declaração apontou para a necessidade de "planejar cuidadosamente o desenvolvimento geral das ilhas e recifes se baseando em suas funções diferentes, levando em consideração sua relação complementar".
Em maio do ano passado, em Washington, um relatório intitulado Iniciativa Asiática para a Transparência Marítima apontou que, em Woody Island, a China segue um plano estabelecido, que depois prosseguirá em outras ilhas: a construção de um porto para posterior construção de um aeródromo, construção de hangares, infraestrutura de comunicação e radares, e finalmente o posicionamento de mísseis antiaéreos e antinavio.
"Podemos olhar para os desenvolvimentos recentes em Woody Island como sinais de atividades posteriores que ocorrerão nos recífes Fiery Cross, Mischief e Subi", apontou o relatório.
Pequim reivindica a soberania sobre 90% do mar do Sul da China, inclusive sobre as Ilhas Paracel, porém, estas são disputadas por várias outras nações do Sudeste Asiático. Os EUA e seus aliados, como o Reino Unido e o Japão, insistem em seu direito de liberdade de navegação na zona, ignorando os protestos por parte da China durante a passagem de suas embarcações militares.