"Não podemos destruir os sistemas com o nosso míssil 9M729, que infundadamente foi declarado por Washington como violação do tratado", lê-se no comentário da chancelaria russa.
Além disso, o ministério russo apontou que a Rússia vê-se forçada a se preparar para um possível posicionamento de mísseis de médio alcance por parte dos EUA.
"Os EUA estão desenvolvendo ativamente novos sistemas de mísseis de médio alcance. Somos forçados a nos prepararmos para seu potencial desdobramento. Ao mesmo tempo, rejeitamos categoricamente as tentativas de perverter a lógica objetiva de manter o equilíbrio militar e estratégico, interpretando nossos passos de resposta como uma ameaça de mísseis por parte da Rússia", indica o comentário.
"Se os EUA quiserem manter a posição atual sobre o Tratado INF, no dia 2 de agosto ele irá expirar. É óbvio que o desmoronamento do tratado terá as consequências mais negativas para a segurança e estabilidade internacional. Pode começar uma corrida armamentista multilateral em várias regiões, prosseguirá a erosão do sistema de controle sobre as armas", apontou.
Previamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que no dia 2 de fevereiro Washington daria início à saída do Tratado INF.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou no mesmo dia que a Rússia irá responder de forma recíproca. Em 3 de março, Putin assinou o decreto sobre a suspensão do Tratado INF por parte da Rússia, comunicou a assessoria de imprensa do Kremlin, explicando que a suspensão vai estar em vigor até que os EUA corrijam as violações do Tratado cometidas por eles ou até que o tratado deixe formalmente de vigorar.