O analista militar relembrou, em entrevista à Sputnik Mundo, que os EUA testam anualmente suas forças nucleares estratégicas e enviam seus bombardeiros estratégicos — portadores de armas nucleares — para a Europa.
Uma vez no continente europeu, os B-52H realizam voos, que na linguagem militar são chamados de "exploração do teatro de operações". Essa exploração é apenas uma das tarefas que os pilotos americanos realizam durante suas missões.
Além disso, esses aviões estudam as possíveis rotas, acesso e linhas de lançamento de armas de destruição aérea, calculam as capacidades dos sistemas de defesa aérea russos, especialmente seus radares, e testam o sistema de comando global criado pelos EUA, além de outros meios, incluindo satélites militares.
O diretor do portal Segodnia.ru, Yuri Kotenok, por sua vez, refere que a recente escolta de um bombardeiro B-52H sobre o mar Báltico é um dos incidentes que ocorrem constantemente.
"Nos últimos tempos estas provocações têm ocorrido com mais frequência e representam uma demonstração de intenções hostis por parte dos nossos parceiros, são uma espécie de 'dissecação' do nosso sistema de defesa antiaérea e uma forma de provocar e irritar as Forças Armadas da Rússia", disse ele.
Entretanto, o especialista sublinhou que os pilotos russos, desta vez, agiram de maneira muito profissional.
"Nosso sistema de defesa aérea está em alerta e afasta os aviões para fora de nossas fronteiras cada vez que eles fazem tais tentativas", concluiu ele.
Em 20 de março, dois caças russos Su-27 escoltaram um bombardeiro estratégico dos EUA B-52H sobre as águas neutras do mar Báltico.