As duas bolhas, que foram descobertas pelo telescópio da NASA Fermi em 2010, formam uma ampulheta gigante que abrange 50.000 anos-luz, ou seja, metade do diâmetro da Via Láctea. A ESA descobriu a existência de dois canais que emitem raios X quentes de Sagittarius A*, buraco negro massivo que está localizado no centro da galáxia.
ESA XMM-Newton discovers galactic chimneys at Milky Way’s core https://t.co/MbIUZQf96q pic.twitter.com/QkYshl9S3U
— SlashGear (@slashgear) 21 de março de 2019
Segundo o astrofísico alemão Gabriele Ponti, os fluxos e o vento da matéria e energia de uma galáxia estão intimamente ligados à forma da galáxia com o passar do tempo.
"Felizmente, a nossa galáxia nos dá um laboratório próximo para explorar detalhadamente, e examinar como a matéria flui para o espaço ao redor. Usamos dados coletados pela XMM-Newton de 2016 a 2018 para formar um mapa de raios X mais extenso já feito do núcleo da Via Láctea", ressaltou Gabriele Ponti.
Astrofísicos acreditam que os canais em questão sejam um sistema de tubos de escape para transporte de energia e matéria do centro da galáxia para a base das bolhas, alimentando-as com nova matéria.
Segundo cientistas, o fluxo pode ser restos do passado da galáxia quando a atividade era mais predominante e poderosa do que hoje. Sendo a Via Láctea um protótipo de galáxias espirais, a descoberta pode ajudar a esclarecer o comportamento típico de galáxias como a nossa.