Mídia: Europa recusa reconhecer soberania de Israel sobre Colinas de Golã

© AP Photo / Ariel SchalitFumaça sobe após ataque sírio na antiga cidade de Quneitra, perto da fronteira entre a Síria e as Colinas de Golã que são controladas por Israel
Fumaça sobe após ataque sírio na antiga cidade de Quneitra, perto da fronteira entre a Síria e as Colinas de Golã que são controladas por Israel - Sputnik Brasil
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A União Europeia se recusou a reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, comunica o jornal Haaretz. A Europa considera essa região como território sírio ocupado por Israel e não está disposta a mudar sua posição, apesar da declaração de Donald Trump sobre a necessidade de reconhecer as Colinas de Golã como pertencentes a Israel.

Em 21 de março, o presidente dos EUA Donald Trump escreveu no Twitter que "depois de 52 anos, é hora de os Estados Unidos reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que são de importância estratégica e de segurança para o Estado de Israel e para a estabilidade regional".

O representante da delegação da UE em Israel declarou em entrevista ao Haaretz que a UE não mudará sua posição em relação às Colinas de Golã depois das palavras de Trump.

"A posição da UE não mudou. A União Europeia, em conformidade com o direito internacional, não reconhece a soberania de Israel sobre os territórios ocupados por Israel em junho de 1967, inclusive as Colinas de Golã, e não as considera parte do território israelense", ressaltou o representante oficial.

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Segundo dados do canal Fox News, o presidente norte-americano assinará a ordem sobre o reconhecimento da anexação do território por Israel na próxima semana, provavelmente durante a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Washington.

Benjamin Netanyahu foi rápido em responder à declaração de Trump e agradecer o apoio do presidente dos EUA, destacando que o mandatário americano o faz em uma "época em que o Irã usa a Síria como plataforma para destruir Israel". Netanyahu também classifica a decisão como "corajosa".

A Síria, por sua vez, condenou e considerou "irresponsável" a recente declaração de Donald Trump.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que o país mantém a sua posição quanto ao caráter ilegal das decisões de Israel relativas à extensão da sua soberania sobre as Colinas de Golã, o que foi confirmado pela Resolução 497 do Conselho de Segurança da ONU datada de 1981.

Um alto responsável palestino assinalou que o reconhecimento da anexação levaria à "instabilidade e derramamento de sangue na região", enquanto o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, advertiu que a declaração de Trump causaria uma nova crise.

As Colinas de Golã são um território disputado no Oriente Médio que foi parte da Síria até 1967. A área foi conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Desde então, a soberania de Israel sobre a área tem sido tema de discussões regulares.

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