Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que, para os EUA, chegou a hora de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã. De acordo com ele, qualquer reconhecimento da soberania israelense sobre o território não o torna obrigatório para outras partes.
A declaração de Trump veio à tona na véspera da visita do premiê de Israel Benjamin Netanyahu aos EUA, que ocorrerá na semana que vem.
"A afirmação de Trump é muito séria. O objetivo de Trump é fazer a Rússia e Israel entrarem em choque na Síria. É para isso que Trump dá estes 'presentes' a Israel. Primeiro, ao reconhecer Jerusalém como a capital israelense. Agora, chegou a vez das Colinas de Golã", disse Fenenko à Sputnik.
Ele acrescentou que as palavras do presidente norte-americano podem levar ao agravamento das tensões entre Israel e a Síria.
"Claro que podem. É o que os EUA querem", disse Fenenko, respondendo à pergunta.
Segundo ele, a reação da Rússia demonstrará contenção, tentando não contribuir para a deterioração da situação.
O Ministério das Relações Exteriores da Síria condenou a declaração "irresponsável" de Donald Trump em relação às Colinas de Golã, ao assinalar que os EUA estão agravando a situação na região e violando o direito internacional, em particular, a Resolução 497 da ONU de 1981, segundo qual a decisão de Israel de estabelecer suas leis no território foi considerada como inválida e ilegítima.
O Kremlin reagiu de forma negativa à declaração de Donald Trump. De acordo com o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, "os apelos deste tipo podem desestabilizar significativamente a situação no Oriente Médio, que já é tensa". Ele acrescentou que Moscou espera que as palavras do presidente dos EUA “não passem de um apelo".