"A República Árabe da Síria condena veementemente as declarações irresponsáveis do presidente estadunidense sobre as Colinas de Golã sírias ocupadas [por Israel]. Essas declarações confirmam a adesão cega dos EUA a Israel e apoiam seu comportamento agressivo", lê-se no comunicado da chancelaria síria citado pela agência SANA.
"Já se tornou claro para a comunidade internacional que os EUA e a sua política imprudente, na qual dominam a arrogância e as ambições hegemónicas, são o principal fator de agravamento da situação no palco mundial, ameaçando a paz e a estabilidade", acrescentou o comunicado do ministério.
A chancelaria declarou que as afirmações de Trump violam o direito internacional e até mesmo o ignoram. O ministério lembrou sobre a série de resoluções da ONU, em particular Resolução 497, que considera ilegais as intenções de Israel de estabelecer suas leis nas Colinas de Golã.
Em 21 de março, Donald Trump declarou que chegou o momento dos Estados Unidos reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi rápido em responder à declaração de Trump e agradeceu o apoio do presidente dos EUA, destacando que o mandatário americano o faz em uma "época em que o Irã usa a Síria como plataforma para destruir Israel". Netanyahu também classifica a decisão como "corajosa".
As Colinas de Golã são um território disputado no Oriente Médio que foi parte da Síria até 1967. A área foi conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Desde então, a soberania de Israel sobre a área tem sido tema de discussões regulares.