"O próprio presidente Trump tem sido claro neste ponto em várias ocasiões, quando diz que todas as opções estão na mesa. Eu acho que as pessoas precisam entender e acreditar nisso. Ele fala muito sério sobre isso", disse Bolton ao site direitista Breitbart.
Apesar de se recusar a confirmar ou negar explicitamente se os EUA estão dispostos a armar a oposição ou está pensando em uma invasão total do país, Bolton realmente enfatizou que os EUA não têm "maior tarefa internacional" do que proteger até 50.000 americanos que vivem em uma Venezuela de "violência e intimidação".
Uma preocupação semelhante envolvendo cerca de 800 estudantes norte-americanos na Escola de Medicina da Universidade St. George, administrada pelos Estados Unidos em Granada, foi usada como desculpa para invadir a nação insular em 1983, para expulsar o governo esquerdista do país. O pequeno paraíso tropical está localizado a apenas 160 km ao norte da Venezuela.
Referindo-se novamente à notória Doutrina Monroe, Bolton basicamente admitiu os planos dos EUA de impor sua hegemonia à Venezuela e impedir que a Rússia e a China tentassem ajudar Caracas a superar sua crise econômica — que o governo socialista sustenta ter sido causada pelas sanções dos Estados Unidos, em um esforço global liderado por Washington para isolar o país financeiramente e politicamente.
"Nosso objetivo é garantir que essas influências estrangeiras não estejam controlando a Venezuela e afetando negativamente os Estados Unidos e nossos interesses em nosso hemisfério", declarou. "Então, estamos falando aqui sobre arrancar o controle de uma autocracia socialista e manter viva a Doutrina Monroe no Hemisfério Ocidental para que poderes fora do hemisfério não ditem o que acontece aqui".
Maduro cometeu outro "grande erro" ao prender Roberto Marrero, o assessor do autoproclamado presidente "interino" Juan Guaidó, afirmou Bolton na quinta-feira, ameaçando que a medida "não ficará sem resposta".
As forças de segurança venezuelanas disseram que pegaram Marrero em flagrante e acusaram-no de ser "diretamente responsável pela organização de grupos criminosos" e de conspirar para realizar ataques terroristas contra a população e altos funcionários do governo.