As relações entre a Índia e o Paquistão quase atingiram o ponto de ruptura a 27 de fevereiro, quando os dois países vizinhos estiveram à beira da guerra. O Hindustan Times citou várias fontes em Nova Deli, Islamabad e Washington para tentar perceber a gravidade e cronologia da situação.
O combate aéreo aconteceu apenas um dia após um ataque aéreo indiano ao que Nova Deli disse ser um campo terrorista no Paquistão. Islamabad negou a existência de tal campo na área e alegou que as bombas indianas tinham explodido em uma encosta vazia.
"Não sei nada sobre o botão nuclear […]. Mas o primeiro-ministro indiano, Modi, deu sinal verde a todas as medidas se algum dano fosse causado aos militares da IAF por parte do Exército do Paquistão […]. A Índia estava preparada para seguir pelo caminho dos mísseis em 27 de fevereiro", disse um membro do Comitê de Segurança do Gabinete da Índia ao Hindustan Times.
Segundo ele, qualquer ataque indiano seria visto como um "ato de guerra" se houvesse vítimas ou fossem alvejadas instalações militares.
"Não tenho dúvida de que haverá outro ataque. Estou dizendo ao país que devemos permanecer preparados, devemos fazer tudo para nos defendermos e devemos estar unidos. Pode haver um ataque aéreo ou um ataque terrestre, e eles vão tentar obter dividendos políticos […] Mas espero que eles mostrem contenção, como a comunidade internacional deseja", ressaltou Qureshi.
"Após o ataque de Pulwama, a Índia culpou o Paquistão sem qualquer evidência. A Índia não aderiu às leis internacionais e violou o espaço aéreo do Paquistão", disse Alvi, referindo-se ao ataque de 14 de fevereiro a um destacamento de segurança indiano na área controlada pelos militantes islâmicos baseados no Paquistão, que custou a vida de pelo menos 40 agentes.