O autor da publicação, Michael Peck, refere-se a um relatório do Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias (CSBA) dos EUA, segundo o qual, em caso de conflito, a Rússia é capaz de se apoderar de parte da Estônia, Letônia e Lituânia muito antes da intervenção dos aliados dos países bálticos.
"As consequências de perder mesmo uma guerra limitada com Rússia no continente europeu poderia ser fatal para coesão da Aliança", cita Peck o documento do CSBA.
Para evitar cenário desfavorável para OTAN, é proposto um "esquema defensivo", sendo a Polônia a chave para a defesa do Leste Europeu, para onde seriam deslocadas verdadeiras divisões americanas.
"Um cenário em que a Rússia tenta tirar proveito de ponte terrestre para Kaliningrado através da Lituânia é um exemplo de como os militares poloneses poderiam desempenhar estas funções", escreve Peck, referindo-se ao relatório do CBSA.
Ao mesmo tempo, os autores do documento enfatizam que o equipamento soviético polonês está desatualizado e que um reequipamento do exército para os padrões ocidentais exigiria investimentos financeiros significativos."Se uma brigada americana não é suficiente para deter a Rússia, uma divisão seria?", indaga o autor do artigo.
Varsóvia também ofereceu a Washington instalação permanente de divisão blindada americana, assumindo os custos de cerca de US$ 1,5 a 2 bilhões. A proposta da Polônia aos EUA não engloba a OTAN, mas somente as duas nações. O presidente polonês, Andrzej Duda, até propôs nomear a base de Fort Trump. Atualmente, uns 4,5 mil soldados americanos estão na Polônia.