O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto nesta segunda-feira reconhecendo a soberania de Israel sobre as disputadas Colinas de Golã.
A cerimônia de assinatura aconteceu depois que Trump concedeu discurso conjunto com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca.
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— Noa Landau נעה לנדאו (@noa_landau) 25 марта 2019 г.
No mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse ao secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que o plano dos EUA de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã levaria a uma violação grosseira do direito internacional.
"Também foi enfatizado que (…) impediria a solução da crise síria e agravaria a situação no Oriente Médio", disse o comunicado.
Trump informou em comunicado que "chegou a hora de os Estados Unidos reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golãs", derrubando mais de 50 anos de política dos EUA em relação à região. Anteriormente, os EUA apoiavam a Resolução 497 do Conselho de Segurança da ONU que determinava unanimemente a soberania da Síria sob a região. As declarações de Trump foram condenadas por vários países, incluindo Irã, Turquia, Síria e Rússia.
Antes da declaração do presidente dos Estados Unidos, o senador americano Lindsey Graham disse ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que pressionaria os Estados Unidos a reconhecer formalmente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que foram tomadas da Síria durante a Guerra dos Seis Dias de 1967.
As Colinas de Golã, consideradas por grande parte da comunidade internacional como parte do território sírio, foram ocupadas por Israel durante a Guerra dos Seis Dias de 1967. Em 1981, Tel-Aviv aprovou a legislação formalmente anexando a área. As Nações Unidas não reconheceram o movimento e, em 2018, a Assembleia Geral da ONU adotou resolução instando Israel a retirar imediatamente suas forças do local.