A produção de petróleo da Arábia Saudita em janeiro de 2019 totalizou 10,243 milhões de barris por dia. Já a produção de petróleo dos EUA em janeiro foi de 11,881 milhões de barris por dia, com 11,849 milhões de barris por dia em dezembro do ano passado. Omid Shukri Kalehsar observou que as sanções petrolíferas contra o Irã e a Venezuela permitirão que os EUA se apropriem da participação desses dois países no mercado mundial.
"Como resultado da revolução de xisto, os Estados Unidos, que vinham importando petróleo, conseguiram autossuficiência energética e se tornar um dos maiores fornecedores de gás e GNL [gás natural liquefeito] tanto para os países vizinhos quanto para seus aliados, principalmente na Europa", disse o especialista à Sputnik Persa.
"Os EUA impuseram repetidamente sanções contra o Irã. As últimas sanções foram introduzidas no dia 4 de novembro do ano passado e resultaram em uma redução significativa das exportações iranianas. Se os EUA continuarem sancionando e se em maio não estenderem a isenção de sanções, que foi concedida a oito países importadores de petróleo iraniano, há uma possibilidade de que as exportações de petróleo do Irã diminuam ainda mais."
Segundo ele, isso é vantajoso não apenas para os EUA, mas também para outros países produtores de petróleo, sejam ou não membros da OPEP. Afinal de contas, se o Irã e a Venezuela mantiverem a produção e a exportação de petróleo ao mesmo nível, ninguém poderá tomar o lugar deles no mercado mundial, concluiu.