Todas as investigações dos cientistas quanto ao assunto foram apresentadas na revista Astronomy & Astrophysics.
"Nossas observações mostram que este planeta se parece com uma bola de gás que é iluminada por dentro. Às vezes os raios de luz atravessam a espessura das nuvens escuras e o tornam mais brilhante. A convecção eleva e move essas nuvens e, com o tempo, elas se desintegram e chovem com gotículas de ferro e silicatos", explica Sylvestre Lacour da Universidade Paris-Sorbonne (França).
O GRAVITY descobriu o sistema estelar HR 8799 na constelação de Pegasus, localizado a uma distância de 130 anos-luz da Terra. Essa jovem estrela atrai os astrônomos desde 2008, quando vários planetas gigantes foram encontrados em sua proximidade.
El vídeo muestra cuatro planetas más masivos que #Júpiter orbitando a la joven estrella HR 8799.
— CienciaTv (@CienciaTv) 19 de março de 2019
Un compuesto de todo tipo, incluidas imágenes tomadas durante siete años en el W.M. Observatorio Keck en Hawai.
El origen y evolución de las estrellas: ➡️ https://t.co/lwTcl4II24 pic.twitter.com/UCS3ItDint
Em particular, a atenção dos cientistas foi atraída para o planeta HR 8799e, que está localizado mais próximo da estrela e faz uma volta completa ao seu redor em 45 anos. É cerca de sete vezes mais pesado que Júpiter e se encontra na fronteira entre os planetas e as anãs marrons — estrelas "falhadas", cuja massa não foi suficiente para iniciar reações termonucleares no seu centro.
Devido à sua pouca idade e grandes dimensões, ele produz enormes quantidades de calor e luz. Isso permitiu que Lacourt e seus colegas a vissem "diretamente", usando o telescópio, e analisassem alguns detalhes da estrutura de sua atmosfera.
Essas discrepâncias estavam relacionadas ao fato de que uma poderosa tempestade afetou a atmosfera desse gigante gasoso e gerou um grande número de nuvens exóticas de gotículas de quartzo líquido e ferro. Essas nuvens tornavam o HR 8799e menos brilhante do que os cientistas esperavam ver.
Great picture of #exoplanet #HR8799e — 129Ly distant! pic.twitter.com/bOyjpijajJ
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"Descobrimos que a atmosfera contém muito mais monóxido de carbono do que metano, o que não deve ser típico de sistemas que buscam atingir o mínimo energético. Essa surpresa pode ser explicada pelo fato de haver ventos fortes na atmosfera do HR 8799e, impedindo que o CO interaja com o hidrogênio e se transforme em metano", explica Lacour.