A leitura da Ordem do Dia foi uma determinação do presidente Jair Bolsonaro e foi assinada pela cúpula das Forças Armadas e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
O documento foi lido na íntegra nesta sexta por uma civil: Roberta Vieira, servidora civil do Hospital Militar de Área de Brasília (HMAB).
Nesta sexta, no Comando Militar do Planalto, ao anunciar que o evento teria início em seguida, o mestre de cerimônias disse que se tratava de uma solenidade "em comemoração do 55º ano do movimento cívico-militar de 31 de março de 1964". As informações foram publicadas pelo portal de notícias G1.
Outro trecho do documento lido afirma que o 31 de março estava inserido no ambiente da Guerra Fria.
“As famílias no Brasil estavam alarmadas e colocaram-se em marcha. Diante de um cenário de graves convulsões, foi interrompida a escalada em direção ao totalitarismo. As Forças Armadas, atendendo ao clamor da ampla maioria da população e da imprensa brasileira, assumiram o papel de estabilização daquele processo”.
Na solenidade, também houve o canto do Hino Nacional e um desfile de apresentação das tropas. A cerimônia durou pouco menos de 30 minutos.
Na terça-feira (26), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal afirmou que a comemoração do golpe militar de 1964 merece "repúdio social e político" e pode configurar improbidade administrativa.
A Defensoria Pública da União (DPU) chegou a pedir que a Justiça Federal em Brasília proibisse o governo federal de comemorar o golpe militar de 1964.