De acordo com a mineradora, foram renovadas as declarações de 80 estruturas que tinham validade até o dia 31 de março. Por outro lado, outras 17 não foram renovadas.
A declaração de estabilidade é emitida por uma empresa auditora. A confiabilidade do documento, no entanto, está sendo questionada após a tragédia de Brumadinho (MG), ocorrida em 25 de janeiro.
Por isso, a Justiça mineira tem atendido diversos pedidos formulados em ações movidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para paralisar outras barragens e exigir a contratação de novas auditorias externas para verificar a segurança das estruturas.
A própria Vale, em alguns casos, se antecipou e interrompeu as operações.
De acordo com as informações divulgadas pela Vale, entre as 17 barragens que não tiveram a declaração de estabilidade renovada, estão sete que tiveram recente elevação no nível de segurança para 2, levando ao acionamento de sirenes e gerando a necessidade de evacuação de casas situadas na área que poderia ser alagada em menos de 30 minutos ou que a uma distância de menos de 10 quilômetros.
Das 17 barragens que não tiveram suas declarações de estabilidade renovadas, há 10 que ainda não haviam passado por nenhuma alteração recente no nível de segurança. A Vale informou que elas foram interditadas e passarão agora para nível 1, que não requer evacuação. A retomada das operações nas estruturas está condicionada à realização de estudos complementares e à conclusão de obras de reforço que já estão em andamento, informou Agência Brasil.