"Eu suponho que ele pode tentar criar órgãos de poder paralelos. Outra questão é saber se será bem sucedido. Porque seria inútil invadir o Palácio de Miraflores, isso poderia causar vítimas", afirmou o professor de Relações Internacionais da Universidade de São Petersburgo, Viktor Jeifets.
Para o especialista, no momento o autoproclamado presidente interino está tentando demonstrar mais autoridade.
"Para ele [Guaidó] é extremamente importante tentar demonstrar que tem poderes para além da Assembleia Nacional, já que as pessoas não podem ir às ruas eternamente, para que [a população] o veja não apenas como um autoproclamado presidente, mas também como alguém com poderes reais", falou o analista em entrevista à Sputnik.
Na terça-feira (2), a Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela aprovou a continuação do processo de investigação contra Guidó. A decisão foi proferida em resposta a um pedido do Supremo Tribunal venezuelano em relação à suspensão da imunidade do líder da oposição.
Desde 21 de janeiro, a Venezuela vem enfrentando uma crise profunda devido à autoproclamação de Guaidó como presidente interino. Vários países ocidentais, liderados pelos EUA, anunciaram o reconhecimento do líder da oposição. Rússia, China, Turquia e outras nações apoiam Nicolás Maduro como único presidente legítimo.